Muitos empreendedores iniciantes têm dificuldades na hora de definir quanto cobrar por seus produtos ou serviços. Cobrar barato demais pode fazer você trabalhar muito e lucrar pouco. Já cobrar caro sem ter uma estratégia pode afastar clientes. A solução está em precificar de forma estratégica e consciente.
Neste artigo, você vai aprender como calcular seus preços de forma inteligente, levando em conta custos, mercado, valor percebido e posicionamento.
Por que a precificação é tão importante
Garante que você tenha lucro e não só “movimento”
Posiciona você no mercado (barato, justo, premium)
Influencia na percepção de valor do seu cliente
Evita que você trabalhe de graça ou perca vendas por insegurança
Te ajuda a planejar melhor sua vida financeira e investimentos
Erros comuns ao definir preços
Cobrar com base no que os outros cobram
Precificar só pensando em “não perder cliente”
Não considerar todos os custos envolvidos
Esquecer o valor do próprio tempo e conhecimento
Não revisar os preços com o tempo
Etapas para uma precificação estratégica
Conheça todos os seus custos
Inclua tudo:
Custos diretos (matéria-prima, ferramentas, plataformas)
Custos indiretos (internet, energia, telefone)
Tempo investido na entrega
Taxas (boletos, cartão, plataforma)
Impostos (quando aplicável)
Exemplo:
Você faz um serviço de social media. Leva 5 horas para entregar, usa Canva Pro e internet. Valor do seu tempo: R$ 30/hora. Seu custo fixo para aquele projeto: R$ 150 + R$ 20 de ferramentas = R$ 170
Defina sua margem de lucro
Não basta cobrir custos. Você precisa de lucro.
Uma boa margem inicial varia entre 30% e 100%, dependendo do setor e valor percebido.
Se seu custo é R$ 170, com 50% de lucro, seu preço seria:
R$ 170 + R$ 85 = R$ 255
Pesquise o mercado (mas não copie)
Entenda quanto outros profissionais cobram no seu nicho, mas não use isso como base única. Leve em conta:
Seu nível de experiência
Qualidade do seu trabalho
Atendimento e suporte que você oferece
Resultados que entrega
Você pode cobrar mais se entregar mais valor.
Considere o valor percebido
Clientes não pagam apenas pelo produto, mas pela transformação, pela experiência, pela solução.
Exemplo:
Uma mentoria de 1 hora pode custar R$ 300 se resolver um problema de R$ 5.000.
Mostre sempre:
Depoimentos de clientes
Resultados obtidos
Benefícios diretos
Garantias (quando possível)
Escolha o modelo de precificação ideal
Algumas opções:
Preço por hora/trabalho: comum em serviços como design, consultoria, edição
Preço por pacote: ideal para produtos digitais e serviços recorrentes
Preço por valor percebido: você cobra mais por resolver problemas maiores ou atender nichos específicos
Preço de entrada + recorrência: atrai o cliente com valor menor e mantém com assinatura, suporte, acesso contínuo
Faça testes e ajustes
No início, vale testar diferentes faixas de preço para entender a reação do público.
Aumente o preço aos poucos e observe a aceitação
Ofereça pacotes diferentes para públicos distintos
Tenha versões “lite” e “premium” do seu produto ou serviço
Se as pessoas pagam sem hesitar, talvez esteja barato demais. Se ninguém paga, pode estar caro — ou mal posicionado.
Esteja preparado para negociar (com limites)
Alguns clientes vão pedir desconto. Você pode:
Oferecer uma versão mais enxuta
Reduzir escopo em vez de reduzir preço
Dar bônus, e não desconto
Mostrar valor antes de justificar preço
E o mais importante: nunca negocie com culpa.
Conclusão: preço certo é equilíbrio entre valor e estratégia
Não tenha medo de cobrar pelo que você entrega. O preço justo é aquele que cobre seus custos, traz lucro e entrega valor real para o cliente.
Com cálculo, posicionamento e clareza, você precifica com segurança — e vende com confiança.